Os Jogos Olímpicos, a Oliveira e o Azeite

por Ana Rita Simões

Os Jogos Olímpicos, a Oliveira e o Azeite

Poderá não parecer, mas a Oliveira e o Azeite estão ligados aos Jogos Olímpicos.
Em 776 a.C., foram realizados os primeiros Jogos Olímpicos, na Grécia. De 4 em 4 anos, em Olímpia, decorriam estes jogos para honrar Zeus, "pai dos Deuses e dos mortais", durante cerca de 7 dias. Eram uma acontecimento tão importante que, aquando da sua aproximação, se suspendiam as guerras.
As modalidades eram: corridas de carros de cavalos (a mais nobre), de carros de mulas, e de cavalos de sela; pentatlo (disco, dardo, corridas pedestres, luta e saltos), dromo (uma volta ao estádio), diaulo (duas voltas ao estádio), dólico (24 vezes o comprimento do estádio), provas de luta, pugilismo e pancrácio (espécie de luta livre). Os atletas, homens gregos (mulheres, escravos e estrangeiros eram até proibidos de entrar no recinto dos Jogos), praticavam estes desportos nus e untados com azeite.
O vencedor, ao contrário do que acontece hoje em dia, não recebia medalhas como prémio pela vitória, mas sim uma coroa de oliveira, já que os gregos equiparavam o desenvolvimento do corpo humano ao de uma árvore.
Em 2004, nos Jogos Olímpicos de Atenas, o prémio, para além das medalhas, foi também uma coroa de oliveira, para relembrar os Jogos Olímpicos da Antiguidade.

Curiosidades:

• Na mitologia Grega, a oliveira nasce de uma aposta entre Atena, Deusa da Guerra, e Poseidon, Deus do mar, para ver quem criava o que tivesse mais utilidade para o Homem. Poseidon criou o cavalo e uma fonte de água salgada, Atena respondeu fazendo sair da terra a oliveira, ensinando depois o processo de extrair o azeite;
• A árvore mais velha em Portugal é uma oliveira com 2000 anos. Podemos vê-la em Tavira e, para a abraçar, são necessárias 4 pessoas. É a árvore mais velha da Península Ibérica e o Diário da Republica, a 15 de fevereiro de 1938, classificou-a como "de interesse público".