Oliveira pela tolerância entre os Povos

por Francisca Patrício 
À volta do Mediterrâneo muitos são os países, as culturas e os costumes que lá nidificaram, que na terra escreveram história e que no tempo semearam tradições. O Mediterrâneo não é o único elo de ligação destas nações, estes povos tão heterogéneos vêem-se fundidos na castanha e poeirenta terra, no fértil, no fecundo solo. Estão unidos pela raiz da Oliveira que penetra o solo, onde cria laços que ninguém mais desfaz.
A oliveira não floresce em nenhum país do mediterrâneo, ela medra no vasto território dessa região. Esta planta, diferença nenhuma encontrou de tão atroz, em nenhuma das partes desse território, que impedisse o seu crescimento. Os diferentes sons, as diferentes paisagens, as diferentes mãos que a plantaram, trouxeram-lhe a diversidade que o seu fruto enobreceu.  
É do conhecimento geral, as diferenças que os vários países da bacia mediterrânea apresentam. Religião, língua, gastronomia, costumes e, claro está, história, são algumas das muitas diferenças que os povos mediterrânicos ostentam. No entanto, as suas histórias cruzam-se numa teia da qual um dos elos de união é a oliveira. A oliveira é um símbolo do Mediterrâneo, uma marca da identidade dos seus povos. Ela não discrimina, demonstrando que não importam as diferenças superficiais, porque quando a raiz é boa, ela medra independentemente dos ares que a rodeiem.
Assim sendo, a oliveira é um símbolo da tolerância, e a tolerância origina a compreensão necessária à preservação do vastíssimo património da humanidade.

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